“The Queen’s Justice” foi um episódio repleto de emoções, encontros muito esperados e finais surpreendentes. Se você já assistiu ao terceiro episódio da temporada, confira os detalhes que vão ajudar a entender ainda melhor a sua série preferida.
Spoilers para Game of Thrones.
1. Rickard e Brandon Stark são novamente referidos
O pai e irmão de Ned Stark têm sido mencionados várias vezes nos episódios da sétima temporada. Em “The Queen’s Justice”, assistimos a Jon Snow referir a morte dolorosa de Rickard e Brandon Stark às mãos do Rei Louco. Mas existiu também uma referência visual, encarnada pela nova versão do Rei Louco em Westeros: Cersei Lannister.
A tortura que Cersei aplica a Ellaria e Tyene Sand tem uma forte semelhança com a tortura que matou os Stark. Mãe e filha estão algemadas a uma distância próxima mas sem nunca se poderem tocar, com o detalhe de Ellaria saber que vai ver a morte da filha.
Aerys II criou uma tortura terrível para que Rickard e Brandon Stark tentassem salvar um ao outro mas sem a possibilidade de realmente se libertarem. No final, pai e filho morreram de forma cruel em um jogo doentio de Aerys Targaryen.
2. Cersei inflige o seu maior terror a Ellaria
Desde a última temporada que Cersei Lannister demonstrou a sua imaginação para torturar todos aqueles que a atacam. Mas com Ellaria Sand, a atual Rainha dos Sete Reinos tinha planos que saíram do fundo dos seus pesadelos.
Cersei decretou a morte de Tyene Sand com o mesmo método que Ellaria usou para assassinar Myrcella. O beijo envenenado da morte chega com a promessa de uma morte lenta para a filha de Oberyn, e Cersei declara a Ellaria que ela vai ver sua filha morrer e testemunhar o apodrecimento do seu cadáver até o fim dos seus dias.
Esta tortura tem origem em um medo profundo de Cersei e que ela expressou a Jaime na sexta temporada. Amargurada pela morte de Myrcella, Cersei confessa que pensa em como os corpos das pessoas que ama se vão decompondo, descrevendo como acha que está a sua mãe após tantos anos da sua morte.
Passando dos pensamentos aos atos, Cersei recria o seu maior pesadelo com uma das pessoas que mais odeia no mundo.
3. Referência a The Walking Dead
O que têm em comum Game of Thrones e The Walking Dead? Além de uma gigantesca e dedicada comunidade de fãs, as duas sérias compartilham o tema da ameaça dos mortos-vivos.
No episódio desta semana, Jon Snow tenta convencer Daenerys Targaryen e Tyrion Lannister da existência de um exército de mortos que ameaça Westeros inteiro. Após um primeiro encontro onde nem Jon nem Dany conseguem o que querem, o Rei do Norte conversa com Tyrion que tenta aconselhá-lo.
Tyrion tem dificuldade em aceitar a existência dos mortos-vivos mas propõe uma aliança vantajosa para ambos:
“Por que você não descobre o que fazer com a minha frota desaparecida e aliados assassinados, e eu penso no que fazer com seus homens mortos caminhantes?”
Na frase original em inglês, Tyrion se refere aos mortos como “walking dead man”, naquilo que parece ser uma sutil menção à série The Walking Dead. Com a ameaça dos Caminhantes Brancos cada vez mais presente em Game of Thrones, seria inevitável uma referência simpática a uma série popular que tem zumbis como tema central.
4. Jon Snow compartilha algo com seu pai verdadeiro
No episódio anterior falamos de como Jon tinha tratado Petyr Baelish exatamente do mesmo jeito que Ned Stark, seu pai adotivo, fez com o Mindinho. Esta semana assistimos a Jon falar de algo que tem em comum com Rhaegar Targaryen, seu verdadeiro pai.
O Rei do Norte pode não saber a sua verdadeira linhagem mas isso não impede que o sangue fale mais alto quando menos ele suspeita. Quando Jon e Daenerys conversam sozinhos em Pedra do Dragão, ele afirma que Tyrion adora falar, algo que Dany responde com “todos gostamos daquilo em que somos bons”.
Mas Jon tem uma ideia diferente, e responde à Mãe dos Dragões que ele não gosta. Essa é uma referência ao talento de Jon com a espada e a sua eficácia em matar inimigos, algo que o coloca num papel que ele não sabe lidar: o do herói.
Esta pequena menção do Rei do Norte cria um paralelismo com uma cena da temporada 3, entre Daenerys e Ser Barristan Selmy. Nessa época, Dany descobre que o seu irmão Rhaegar não gostava realmente de combater, algo em que ele era considerado excepcional. Um dos guerreiros mais temidos de Westeros detestava matar, e Barristan contou ainda de que Rhaegar verdadeiramente gostava era de cantar.
Daenerys Targaryen fica muito surpreendida com estas revelações e explica ao cavaleiro que, durante anos, Viserys lhe contou que “Rhaegar era bom a matar pessoas”. Agora na sétima temporada, esse detalhe sobre o pai de Jon ganha um significado ainda maior quando compartilhado com seu filho.
5. Olenna Tyrell e as “Chuvas de Castamere”
A Rainha dos Espinhos soube manter sua pose até o fim e admitiu abertamente a derrota com dignidade. O exército Lannister conquista Jardim de Cima e uma versão instrumental da música “Chuvas de Castamere” toca durante a cena. De seguida, Jaime Lannister vai até à sala onde se encontra Lady Olenna e ela diz ao invasor “agora a chuva chora no seu salão”.
A última Tyrell está a citar um dos versos da música que manchou o Casamento Vermelho e que celebra o legado sangrento de Tywin Lannister. Olenna sabe que vai morrer às mãos dos Lannister e decide enfrentar a morte com dignidade até o último suspiro. Sem nada a temer, ela aceita a derrota e até cita a música infame da Casa que apagou a sua dos livros de história.
Curiosamente, as “Chuvas de Castamere” foram referidas duas vezes por Olenna durante o casamento da sua neta com Joffrey Baratheon. O mesmo casamento onde ela orquestrou a morte dolorosa do rei e garantiu que Margaery não casava com o monstro do Trono de Ferro. E agora Cersei Lannister vai descobrir esse segredo que Olenna Tyrell revelou a Jaime como vingança final.